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Pelotas e RS

Consun aprovou plebiscito pra decidir adesão ou não ao Future-se

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Em reunião realizada nesta quarta-feira (7), o Conselho Universitário (CONSUN) aprovou a proposta trazida pela administração da UFPel de que a adesão ou não ao Programa FUTURE-SE, proposto pelo Ministério da Educação, seja definida por meio de um plebiscito com toda a comunidade universitária.

Para o reitor da Universidade, Pedro Curi Hallal, trata-se de uma decisão histórica. “Plebiscito é a expressão máxima da democracia, somente possível em situações de alta intensidade democrática. Felizmente, a maioria dos conselheiros e conselheiras teve coragem de dizer ‘sim’ a democracia e ‘não’ ao conservadorismo. Plebiscitos não devem ser feitos para impor a vontade de alguns, mas sim para garantir o respeito a decisão democrática da comunidade”, afirmou.

O CONSUN aprovou também, por unanimidade, um cronograma de debates sobre o FUTURE-SE, os quais deverão ocorrer até o meio de outubro. Nas próximas semanas, os detalhes do plebiscito, incluindo sua data provável, serão definidos pelo Conselho Universitário. A administração da UFPel já manifestou que proporá o plebiscito entre os meses de outubro e novembro, com votação universal entre todos os integrantes da comunidade acadêmica.

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Opinião

Artigo: Rio Grande do Sul — o pior está por vir?

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Coronel Paulo Mendes *

A tragédia de proporções inigualáveis que atingiu o Rio Grande do Sul faz com que seja relevante uma reflexão no sentido de arguirmos como será depois da atual fase dos resgates que hoje vivemos, na qual, por óbvio, a prioridade é salvar vidas, sejam elas humanas ou não.

Quando se fala em tragédias climáticas, uma é diferente da outra, mas é senso comum que as imagens do Rio Grande do Sul muito se assemelham com o que vimos em New Orleans (EUA), quando aconteceu o Katrina. Lá, depois de passada a inundação, havia um efetivo humano de milhares de pessoas completamente sem água e sem comida que, no desespero, saiam para as ruas, furtando e roubando da maneira que lhes fosse possível.

A violência urbana aumentou consideravelmente, motivada principalmente pela falta de abrigos e pela fome. Logo, é lícito e razoável pensarmos em um quadro futuro de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), onde militares possam ir para as ruas atuar em operações tipo polícia, impedindo o incremento dos saques e outros crimes que possivelmente poderão ocorrer.

É natural, também, que as pessoas não queiram se afastar geograficamente das regiões onde sempre moraram; há um fator anímico nisso, completamente justificável. Há que haver um projeto de reconstrução, de médio e longo prazo, que deve buscar manter as pessoas onde elas moravam, contribuindo para sua saúde emocional.

Não se pode esquecer que, quando a água baixar, a sujeira e a contaminação, inclusive advinda de cadáveres de animais mortos, poderão ensejar uma crise sanitária. Nos EUA, foram inúmeros os casos de leptospirose, tétano, hepatite A e doenças diarreicas agudas (principalmente causadas por consumo de água contaminada). Além disso, o ambiente com destroços e entulhos aumenta o risco de acidentes com animais peçonhentos, como aranhas, escorpiões e cobras.

A saúde mental, tanto dos atingidos, quanto dos policiais, bombeiros, militares e voluntários envolvidos na crise é outra questão importante. Um evento traumático como esse, que atingiu os gaúchos, pode causar grave sofrimento nas pessoas, afetando de forma significativa a qualidade de vida. Em alguns casos a desordem tende a persistir podendo evoluir para um quadro de transtorno de estresse pós-traumático, gerando consequências danosas, incluindo o desenvolvimento de outras psicopatologias imediatas ou no longo prazo. No Katrina, a ideação suicida foi uma realidade dura e presente no pós-tragédia.

Certamente, na sequência dos eventos no Rio Grande do Sul, haverá a necessidade da instalação de um “centro de comando pós-tragédia” para administrar o número de refugiados que será muito grande. Essas pessoas vão precisar passar por uma triagem, na qual seu estado de saúde seja avaliado, tanto sob o viés físico quanto mental. Por óbvio, uma força de trabalho de profissionais de saúde, equipamentos de diagnóstico e tratamento; bem como um adequado estoque de medicamentos será necessário. Isto não se resolverá com a rede de saúde atualmente existente.

Por derradeiro, e com máxima honestidade intelectual, digo que agora é a hora de todos “entrarem em jogo”, independentemente de previsões legais e percepções políticas diferenciadas. Não devemos ser alarmistas, atitude que é inócua, mas sim devemos ser prudentes, lúcidos e tentar planejar as ações para o pior cenário, o qual oxalá não aconteça.


* O coronel Paulo Mendes é gaúcho de Erechim. Na carreira militar, formou-se na Academia Militar das Agulhas Negras em 1995. De 2019 a 2022, foi assessor militar na vice-presidência da República, atuando na análise de temas institucionais.

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Pelotas e RS

Inundação: momento mais difícil para Pelotas ocorrerá entre segunda e quarta

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Duas novas informações concentraram as atenções das autoridades e das forças de segurança que estão atuando em Pelotas durante a reunião de alinhamento e atualização realizada na Sala de Situação na manhã deste sábado (11): o município decidiu incluir a Vila Farroupilha nas áreas de risco, em alerta vermelho. Outra informação aponta, a partir de novo estudo, que o pior cenário deva se dar entre segunda-feira (13)  e quarta-feira (15), quando a mancha do excedente das águas acumulada no lago Guaíba deve chegar na região de Pelotas.

Conforme a prefeita Paula Mascarenhas, depois de novas reavaliações com profissionais do Sanep, que consideraram as áreas mais vulneráveis do sistema de drenagem para riscos de alagamentos, a região entre a Rodoviária de Pelotas e vila Farroupilha, por precaução, passam da indicação de alerta para zona de risco, exigindo a remoção preventiva da população. “Fizemos essa atualização para que aquela comunidade possa se preparar, se precaver, tomar os cuidados, levantando móveis com certo tempo, sem ter que fazer isso correndo, e, se possível e de preferência, deixar esses locais, indo para lugares mais altos, secos, casas de parentes, amigos ou nossos abrigos”, enfatizou a prefeita.

De acordo com as novas avaliações, esses alagamentos podem ocorrer devido a alguns fatores, como o alto nível do canal São Gonçalo, que tem se mantido estável, porém alto, entre 2,70 metros e 2,74 metros, dificultando o escoamento dos canais da cidade. Outro fator considerado foi a barragem Santa Bárbara, que está recebendo contribuição de outros canais menores e tem se elevado também, o que faz com que o canal Santa Bárbara, que dá vazão à Barragem, e a Farroupilha, também esteja elevado, além das chuvas que caem sobre o solo já molhado e da condição dos ventos. Por tudo isso, a mais nova orientação alterou a classificação da Farroupilha.

Telefones para quem precisar se deslocar para algum dos abrigos municipais:

▪️ Bombeiros: 193

▪️ Guarda Municipal: 153

▪️ Brigada Militar: 190

Estudo aponta momento crítico para os próximos dias

O trabalho de monitoramento dos pesquisadores da UFPel informou a similaridade com outros dois estudos regionais feitos por especialistas da própria Universidade e da UFRGS acerca, respectivamente, da mancha de inundação e de seu deslocamento com a coloração alaranjada de sedimentos pela Lagoa dos Patos. Segundo este estudo, os modelos apontam que estas águas excedentes do Guaíba devem chegar à região de Pelotas, considerando as condições dos ventos, entre segunda e quarta, o que deve influenciar nos níveis de alagamento. Esses estudos têm contribuído para os trabalhos preventivos de identificação das possíveis áreas de risco da cidade e resgate.

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