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Pelotas e RS

Pelotas pode ter uma segunda CPI para investigar corrupção na prefeitura pelotense

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Apesar de a prefeita Paula Mascarenhas, do PSDB, ter contratado neste ano um assessor especial do MDB para “monitorar o clima e seus efeitos em áreas da cidade”, o tempo para os lados do governo pelotense não anda nada bom. Ontem sexta o vereador Cauê Fuhro Souto (PV) apresentou requerimento para abrir uma segunda CPI na Câmara para investigar suspeitas de desvios na Secretaria de Assistência Social (SAS) de Pelotas.

Cauê vem fazendo denúncias há meses, levando os casos ao Ministério Público. Pois, quinta passada (21), uma delas resultou numa ação do Pessoal do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do MPRS. O Gaeco fez busca e apreensão na casa de um ex-servidor da pasta.

O homem (nome não revelado) ocupava cargo de chefia gratificada como diretor de Alta Complexidade na SAS e é suspeito de desviar dinheiro de benefícios a pessoas em situação de vulnerabilidade e deficiência. Supostamente, o dinheiro que deveria ser pago a um rapaz deficiente cognitivo beneficiário de Prestação Continuada estaria sendo desviado, desde 2016, para a conta do servidor suspeito. Segundo o MP, ao menos dez pessoas teriam sido vítimas do esquema.

Em agosto de 2023, confrontada com a denúncia, a prefeita afastou o servidor e mandou instaurar processo administrativo. Até hoje, oito meses depois, o processo não foi concluído: segue sem resposta.

A prefeitura, que já enfrenta CPI para investigar possíveis desvios de dinheiro público do Pronto Socorro Municipal, pode vir a enfrentar uma segunda CPI. Um requerimento de CPI precisa de sete assinaturas para ir adiante. Por ora, só Cauê assinou. Se for adiante, serão duas CPIs para investigar corrupção em duas pastas.

Daqui a pouco será preciso de uma CPI para investigar um tema mais amplo: corrupção na prefeitura.

Rubens Amador. Jornalista. Editor do Amigos de Pelotas. Ex funcionário do Senado Federal, MEC e Correio Braziliense. Pai do Vitor. Fã de livros, de cinema. E de Liberdade.

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Opinião

Ainda sobre a bomba e o duto do Lagos de São Gonçalo

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Certamente foi o tempo. Passei a gostar da palavra Equilíbrio e de seu significado. Nesta crise das enchentes, o trabalho voluntário tem sido admirável, comovente. Mas estamos vendo que o Estado tem sua importância também.

Além dos voluntários, em Pelotas o poder público tem agido e merece esse reconhecimento, não só com a prefeitura, a Universidade Federal e as forças de segurança, mas também com o Ministério Público. O caso do condomínio Lagos de São Gonçalo parece um bom exemplo – simbólico.

Fosse um regime totalmente liberal, com estado mínimo e a sociedade determinando seus rumos por si mesma, aquela lamentável bomba e aquele lamentável duto destinados a canalizar a água de dentro do condomínio de alto padrão para fora de seus muros, em prejuízo de comunidades mais carentes economicamente, talvez passasse como algo aceitável.

Não seria aceitável, porém. Não é aceitável.

O Estado agiu rápido, tomando providências.

A prefeitura informou que não deu autorização para a obra, que, construída à revelia do Estado, infringiu a lei ambiental, além de ferir preceitos de ordem moral e convivência desejados numa sociedade civilizada. A polícia registrou a ocorrência e está apurando o caso. E as conclusões da investigação servirão de base para que – como adiantou a Promotoria de Justiça – esta processe os autores da ideia da bomba e do duto.

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Pelotas e RS

FGTS Calamidade é liberado para Pelotas

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O FGTS Calamidade está liberado a todos os habitantes de Pelotas e não apenas aos atingidos pela crise climática que castiga o município e o Rio Grande do Sul. A decisão foi anunciada na noite desta sexta-feira (17) após ação movida pelo Ministério Público Federal (MPF) e pela Defensoria Pública da União (DPU).

A medida beneficia todos os trabalhadores que possuem recursos em contas do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço que residem em um dos 46 municípios listados no Decreto estadual 57.614, de 13 de maio deste ano, que declara Estado de Calamidade Pública. Na região, além de Pelotas, constam nesta condição Rio Grande, São José do Norte, São Lourenço do Sul e Arambaré.

Os trabalhadores podem acessar o app FGTS Caixa e solicitar o saque de até R$ 6.220,00 da sua conta em até 90 dias já a partir deste sábado (18). A decisão visa garantir que os moradores das regiões afetadas tenham acesso imediato ao benefício, independentemente de processos burocráticos de habilitação e delimitação de dano. 

O saque calamidade FGTS está previsto pela Lei Federal 8.036/1990, e exige que, para se habilitarem, os municípios atingidos tenham decretado situação de calamidade pública ou emergência, com reconhecimento do governo federal. Pelotas declarou estado calamidade na terça-feira (14) e também está inserida no Decreto Estadual 57.600/2024, alterado pelo Decreto 57.614/2024, que reconhece a calamidade pública nas cidades gaúchas.

Tire suas dúvidas

1) Qual valor pode ser resgatado?

O valor do saque será equivalente ao saldo existente na conta vinculada, na data da solicitação, limitado à quantia correspondente a R$ 6.220,00.

2) Quem tem direito ao saque?

O FGTS Calamidade está liberado a todos os habitantes de Pelotas e não apenas aqueles atingidos pela crise climática que castiga o município e o Rio Grande do Sul. A decisão foi anunciada na noite desta sexta-feira (17) após ação movida pelo Ministério Público Federal (MPF) e a Defensoria Pública da União (DPU). 

3) Quais os canais para solicitar o saque do FGTS?

App FGTS ou uma agência da Caixa, munido dos documentos necessários.

4) Quais os documentos devem ser apresentados para solicitar o saque do FGTS por motivo de calamidade pública, por meio do App FGTS?

a) Documento de identificação pessoal (RG, CNH, Carteira de Trabalho, Identidade Profissional, Passaporte)

b) Comprovante de residência em nome do trabalhador (conta de luz, água, telefone, gás, fatura de internet e/ou TV, fatura de Cartão de Crédito, entre outros), emitido nos 120 dias anteriores à data do Decreto Municipal da calamidade

c) Selfie com o mesmo documento de identificação

5) É possível comprovar a residência com contrato de locação?

Sim. Neste caso, a solicitação deverá ser realizada diretamente em uma agência, mediante apresentação do contrato de aluguel com assinatura reconhecida em cartório, em data anterior ao reconhecimento da calamidade pública.

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