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Brasil e mundo

Peritos que atestaram veracidade de vídeo do padre Júlio Lancellotti se manifestam: “Contratem um profissional de polícia e vejam se há algo errado”

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De revista Oeste: Na tarde de 10 de janeiro, o escritório dos peritos Reginaldo Tirotti e Jacqueline Tirotti recebeu um telefonema que chamou atenção dos funcionários. Do outro lado da linha, o vereador paulistano Rubinho Nunes (União) solicita uma perícia de quatro vídeos. 

Nas cenas, um idoso se masturba para um adolescente, enquanto ambos interagem em videochamada no WhatsApp. O maior de idade é o padre Júlio Lancellotti, e o menor chama-se Matheus Rocha Nunes, que tinha 16 anos na época da gravação, em 2019.

O resultado da perícia sairia dez dias depois. Ao longo de 81 páginas, os peritos analisaram o estado de conservação dos arquivos, observaram os frames dos vídeos, realizaram os exames prosopográficos (técnica que identifica as características faciais e do ambiente), inspecionaram os áudios e comprovaram sua integridade.

Com acesso exclusivo ao documento, Oeste publicou uma série de reportagens sobre o assunto. Ainda disponibilizou a perícia completa, para reforçar o compromisso com os leitores. Agora, entrevista os peritos responsáveis pela análise dos vídeos.

Como o senhor lidou com os ataques de militantes de esquerda, que o acusaram de ser “bolsonarista”?

Se estou num restaurante, e o garçom é petista, deixarei de almoçar? Deixarei de pegar um trem, metrô ou avião pelo fato de seus operadores serem de esquerda? É claro que não. Uma coisa é ter opinião política, outra é o profissionalismo. Então, o debate tem de se focalizar na análise forense, nos programas utilizados, no procedimento, no cotejo do trabalho. Acusações não ajudam. Se quiserem, contratem um perito da polícia e avaliem o vídeo. Vejam se há algo errado.

Quais ferramentas sua equipe utilizou para atestar a veracidade dos vídeos?

Demonstramos todos os softwares utilizados. O FotoForensics, por exemplo, é usado pela Polícia Federal. O ExifMeta também. ImageForensic? A mesma coisa. Chegamos a tal conclusão de forma científica. Acompanhamos frame a frame, todas as imagens. Analisa eventuais montagens, e concluímos que não houve nenhuma. Seguimos estritamente o protocolo. Temos pós-graduação nesta área. Aprendemos com a Polícia Federal (PF), não com qualquer um. Antigamente, esse processo ocorria com fotografia. Hoje, há diversos programas para realizar o trabalho de análise. Não há perseguição contra ninguém. Isso não é um jogo. Presto serviços para tribunais de Justiça, para advogados. É meu dia a dia. Aqui é trabalho. Preciso colocar feijão dentro de casa. Não é brincadeira. Infelizmente, a análise do vídeo do padre Júlio Lancellotti deu positiva. Os cidadãos podem buscar peritos competentes e atestar a veracidade. É a técnica que importa.

A senhora acompanhou a repercussão do caso?

É uma loucura. Estamos recebendo muitos ataques. Fico nervosa com o que está acontecendo, mas quem entra na água é para se molhar. Entramos nessa. Sei que estou certa, bem fundamentada. Não há por que temer.

Nas redes sociais, militantes de esquerda tentaram descredibilizar o trabalho da sua equipe. O que vocês fizeram a respeito?

Gosto de alguns integrantes da esquerda, que compartilham desse tipo de pensamento. Mas a esquerda política é barulhenta. Eles gostam de xingar. Já sofri vários xingamentos, vi pessoas perguntarem se não tenho medo de ser presa. Aí, pergunto: “O que fiz de errado?”. Coloquei apenas a verdade no parecer técnico. Não fiz nada de errado. Já haviam me dito que a esquerda é barulhenta, mas nunca reparei. Não sou muito ligada à política. Tenho minha ideologia, mas não sou de fazer barulho, falar sobre esse assunto nas redes sociais. Muitas vezes não falo sobre política, justamente para não ter problemas com as pessoas, com os clientes. Agora virei alvo da esquerda, mas não tenho medo. Estou amparada na verdade. O parecer foi bem fundamentado. Tivemos muito cuidado, entregamos um documento robusto. Apesar do barulho, estou tranquila. Não tenho medo. Sei que estou correta.

Mais em Oeste.

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Caixa libera abono do PIS/Pasep para nascidos em julho e agosto

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Cerca de 4,26 milhões de trabalhadores com carteira assinada nascidos em julho e agosto podem sacar, a partir desta segunda-feira (17), o valor do abono salarial do Programa de Integração Social (PIS) e do Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep) em 2024. A quantia está disponível no aplicativo da Carteira de Trabalho Digital e no Portal Gov.br.

Ao todo, o governo vai liberar R$ 4,5 bilhões, dos quais R$ 3,9 bilhões para o PIS e R$ 613 milhões para o Pasep. Aprovado no fim do ano passado, o calendário de liberações segue o mês de nascimento do trabalhador, no caso do PIS, ou o número final de inscrição do Pasep. Os pagamentos ocorrem de 15 de fevereiro a 15 de agosto.

Neste mês, o pagamento continua a ser antecipado aos trabalhadores do Rio Grande do Sul nascidos de setembro a dezembro que regularizaram a situação após 15 de maio.  Serão beneficiados 3.109 trabalhadores com recursos de cerca de R$ 3,5 milhões. Em maio, 756.121 trabalhadores do estado, afetado pela enchente, tiveram o pagamento antecipado.

Neste ano, cerca de R$ 27 bilhões poderão ser sacados. Segundo o Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat), o abono salarial de 2024 será pago a 24,87 milhões de trabalhadores em todo o país. Desse total, 21,98 milhões trabalham na iniciativa privada e receberão o abono do PIS e 2,89 milhões de servidores públicos, empregados de estatais e militares têm direito ao Pasep.

O PIS é pago pela Caixa Econômica Federal; e o Pasep, pelo Banco do Brasil. Como ocorre tradicionalmente, os pagamentos serão divididos em seis lotes, baseados no mês de nascimento, no caso do PIS, e no número final de inscrição, no caso do Pasep. O saque começará nas datas de liberação dos lotes e acabará em 27 de dezembro de 2024. Após esse prazo, será necessário aguardar convocação especial do Ministério do Trabalho e Previdência.

Calendário de pagamento do abono salarial em 2024

Calendário de pagamento do abono salarial 2024 – Arte EBC

Quem tem direito

Tem direito ao benefício o trabalhador inscrito no PIS/Pasep há, pelo menos, cinco anos, e que tenha trabalhado formalmente por, no mínimo, 30 dias no ano-base considerado para a apuração, com remuneração mensal média de até dois salários mínimos. Também é necessário que os dados tenham sido informados corretamente pelo empregador na Relação Anual de Informações Sociais (Rais).

O valor do abono é proporcional ao período em que o empregado trabalhou com carteira assinada em 2022. Cada mês trabalhado equivale a um benefício de R$ 117,67, com períodos iguais ou superiores a 15 dias contados como mês cheio. Quem trabalhou 12 meses com carteira assinada receberá o salário mínimo cheio, de R$ 1.412.

Pagamento

Trabalhadores da iniciativa privada com conta corrente ou poupança na Caixa receberão o crédito automaticamente no banco, de acordo com o mês de seu nascimento.

Os demais beneficiários receberão os valores por meio da poupança social digital, que pode ser movimentada pelo aplicativo Caixa Tem. Caso não seja possível a abertura da conta digital, o saque poderá ser feito com o Cartão do Cidadão e senha nos terminais de autoatendimento, unidades lotéricas, Caixa Aqui ou agências, também de acordo com o calendário de pagamento escalonado por mês de nascimento.

O pagamento do abono do Pasep ocorre por meio de crédito em conta para quem é correntista ou tem poupança no Banco do Brasil. O trabalhador que não é correntista do BB pode fazer a transferência via TED para conta de sua titularidade nos terminais de autoatendimento, no portal http://www.bb.com.br/pasep ou no guichê de caixa das agências, mediante apresentação de documento oficial de identidade.

Até 2020, o abono salarial do ano anterior era pago de julho do ano corrente a junho do ano seguinte. No início de 2021, o Codefat atendeu recomendação da Controladoria-Geral da União (CGU) e passou a depositar o dinheiro somente dois anos após o trabalho com carteira assinada.

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Brasil e mundo

Mundo novo: uma grande confusão

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O mundo tem parecido uma grande confusão. É difícil decifrar o tempo vivendo nele, mas aquela sensação tem a ver com o aumento da produtividade. Em séries antigas de tevê, como Jornada nas Estrelas e Perdidos no Espaço, os personagens não fazem trabalho braçal. Máquinas e robôs fazem tudo. É o que está acontecendo.

Nos últimos 10 anos, a produtividade acelerou muito, assim como o desemprego. Tudo agora é virtual, no celular. Os bancos, os escritórios, dois exemplos, não têm mais quase funcionários. A gente sabia que ia acontecer, como sabe que, logo ali, não se vai mais usar gasolina para mover veículos. De uma hora pra outra a mudança vem, o mundo vira do avesso e revoluciona a vida das pessoas.

Antes a economia era estável, por quê? Porque tudo era essencial. Hoje, com a produtividade alta, a maioria das coisas deixou de ser essencial. Agora compramos uma caneta por achá-la bonita, não porque precisamos dela. Roupas, a mesma coisa. Muitas coisas estão assim. Carros, tendo transporte de aplicativo, pra que comprar? Nesse mundo novo, estamos sendo obrigados a inventar necessidades pra justificar o nosso trabalho. Mais ou menos como o barman que faz malabarismo com os copos pra se diferenciar.

Quando há uma crise, a economia tranca porque 95% das coisas que compramos foi porque nos convenceram a comprar. Não são necessárias, e — ainda mais depois da pandemia — nos demos conta de que passamos muito bem sem elas.

Se a economia tranca e resolvemos economizar, só compramos comida e água; é o que todo mundo faz. Então, a economia tem que ser muito mais bem administrada, para não ter esses solavancos. Tudo mudou, e isso ficou mais claro nos últimos cinco anos. É como a água que vai batendo num castelo de areia, numa hora ele cai.

Nos próximos anos, vão ocorrer mais modificações. Estão tentando obter energia por fusão nuclear. Já estão conseguindo, falta controlar a reação, para poder concentrá-la. Uma quantidade mínima de hidrogênio, elemento mais abundante no universo, se transforma numa quantidade colossal de energia, e limpa. Assim, uma pequena usina — instalada digamos em São Paulo — poderá fornecer energia para todo o Brasil, a custo baratíssimo. Quando controlarem o H, vão acabar as hidrelétricas, acabar a extração do petróleo para uso combustível. Petróleo poderá ser usado ainda, mas na petroquímica (nylon, plástico etc).

Já estão fabricando em laboratório até alimentos ricos em proteína como substitutos da carne, e mais baratos. Daqui 20, 30 anos, áreas onde hoje se planta e há gado vão ficar pra vida selvagem. Vastas áreas serão devolvidas à natureza. Dois terços do Brasil, estima-se.

Outra coisa que vai evoluir é a IA, ela sabe tudo. Pergunte à Alexa. Ela te responde tão rápido, que nem precisa pensar. IA, ela sabe tudo. Pergunte à Alexa. Ela te responde tão rápido, que nem precisa pensar.

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