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Opinião

Como vencer o medo da mudança

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Ana Slaviero, especialista em transição de carreiras, palestrante e coach

O medo é natural e necessário. Medo faz parte de nós, do nosso instinto de preservação. Muitas vezes temos medo porque não vemos com clareza, pois o medo é um estado de alerta. Quando passamos a ver com clareza nos libertamos do medo.

Enfrentamos o medo com o contraponto da coragem. Entretanto, a coragem não é a ausência de medo, mas a capacidade de enfrentá-lo.

Toda a mudança produz, inicialmente, um momentâneo desequilíbrio e desconforto. É neste momento que pode surgir o medo. Exemplos clássicos são as mudanças de cidade, de escola, ou de emprego…Ou mudanças ainda mais radicais como casamento, separação, ou um procedimento cirúrgico….

Quem já não teve momentos de medo? Gosto de citar o meu próprio exemplo em que já enfrentei momentos de medo. Quando, em 2006, eu deixei o abrigo, proteção, conhecimento e segurança de 25 anos em uma instituição religiosa para arriscar uma nova vida, senti medo.

Ao recomeçar a minha vida fora da instituição religiosa, com poucos recursos financeiros e materiais, precisei recomeçar a minha história. História que conto no eu livro “De Freira a Coach”, onde mostro a certeza de que cada dia é uma nova possibilidade de transformação e superação do medo.

Existem coisas que você pode fazer para superar o medo da mudança. Vou passar a seguir três dicas para que você possa superar o medo de uma mudança, seja pessoal ou profissional.

Uma das primeiras coisas é a batalha com a sua mente. O pensamento inicial é de que a mudança possa não dar certo. Sempre que surgir esta sensação, você precisa estar atento para mudar este padrão de pensamento. Substitua-o por um pensamento positivo e afirme com clareza a si mesmo de que vai dar certo. Este exercício deve ser constante.

Toda mudança precisa de um planejamento. Eu, particularmente precisei fazer uma mudança abrupta, pela necessidade de uma decisão urgente. Entretanto é sempre aconselhável o prévio planejamento de uma mudança. Por vezes é importante planejar a mudança com a sua família, planejar a parte financeira, quais os passos que você precisa dar, criar uma rota de ação.

Estabelecer data e horário para iniciar a mudança. Para sair da zona de conforto, para entrar em ação e ter a clareza de qual o primeiro passo que você vai dar, escreva as coisas que você precisa executar, estabelecendo com clareza a data e mesmo horário em que será executado.

Mudança dá trabalho e precisamos nos preparar, pois são as mudanças que nos proporcionam a evolução. Imagine se eu não tivesse tomado a decisão de mudar. Provavelmente não estaria hoje aqui falando com você. Encare a mudança de forma positiva, seja protagonista nos processos de mudança. Desapegue-se do passado e viva seu presente, pois quem vai mudar a sua vida é você.

Se tudo que eu estou te falando está fazendo sentido até aqui, é sinal que você está começando a entender os princípios da transformação que você quer para sua vida e para sua carreira.

1 Comment

1 Comments

  1. kafka

    20/06/18 at 11:38

    Pela foto achei a Ana simpática e confiável. Vai em frente que o mundo é dos lutadores. Só não te mistura com políticos profissionais…

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Cultura e entretenimento

Guerra civil, o grande filme do ano até agora. Por Déborah Schmidt

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Guerra Civil mostra a fotojornalista Lee Smith (Kirsten Dunst) e o redator Joel (Wagner Moura) em meio a uma guerra civil que dividiu os Estados Unidos em diversas facções políticas. A dupla pretende conseguir uma entrevista com o presidente, mas para isso, precisa atravessar um país dividido e enfrentar uma sociedade em guerra consigo mesma. A dupla é acompanhada por Jessie (Cailee Spaeny), uma jovem fotógrafa, e Sammy (Stephen McKinley Henderson), um repórter veterano.

Dirigido e roteirizado pelo premiado Alex Garland, o filme explora uma trama ambientada em um futuro distópico, porém não tão distante e nem tão improvável. Conhecido por filmes como Ex Machina (2014) e Aniquilação (2018) e pelos roteiros de Extermínio (2002), de Danny Boyle e Não Me Abandone Jamais (2010), de Mark Romanek, Garland apresenta uma mistura de ação e suspense ao apresentar a viagem de carro do quarteto de Nova York até Washington. Durante o trajeto, registram a situação e a dimensão da violência que tomou conta das ruas, envolvendo toda a nação e eles mesmos, quando se tornam alvos de uma facção rebelde.

Como a dupla de protagonistas, os sempre ótimos Kirsten Dunst e Wagner Moura criam um contraponto perfeito. Enquanto Lee já está entorpecida e demonstra frieza com relação ao caos, Joel é mais relaxado e conquista o público através do carisma. A serenidade do grupo pertence a Sammy, em um personagem que é impossível não simpatizar, ainda mais com a excelente atuação de  Stephen McKinley Henderson. Cailee Spaeny, que já havia se destacado em Priscilla (2023), repete a qualidade com Jessie, uma jovem tímida, mas ousada, e que está seduzida pela adrenalina da cobertura de uma guerra. Ainda no elenco, Nick Offerman vive o presidente dos EUA, e Jesse Plemons faz uma participação curta, porém intensa, na cena mais perturbadora do longa.

Com a qualidade técnica já conhecida dos filmes da A24, a produção mescla a todo o momento sons de tiros ensurdecedores a um silêncio que fala ainda mais alto, em uma verdadeira aula de edição e mixagem de som. A fotografia de Rob Hardy (parceiro de Garland desde Ex Machina) flerta com o documentário e a trilha sonora de Geoff Barrow e Ben Salisbury (também parceiros de longa data do diretor) é discreta, mas extremamente competente ao servir como alívio de momentos mais tensos.

É instigante acompanhar a jornada desses jornalistas e o filme definitivamente se beneficia deste fato. Através de frames com fotos realistas, em preto e branco, que surgem em meio às cenas mais duras, o filme aposta na fotografia para contar sua narrativa. Mesmo que acostumados com a violência, os jornalistas são os melhores personagens para retratarem essa história e, por mais que tenham seu posicionamento frente ao conflito, o trabalho deles é apenas registrar o que está acontecendo, deixando que o público tire as suas próprias conclusões. Guerra Civil é uma bela homenagem ao papel desses profissionais em momentos de crise.

Em cartaz nos cinemas, Guerra Civil é o grande filme do ano até o momento. Um olhar crítico e sensível, ainda que essencial, sobre a nossa própria realidade.

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