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Pelotas e RS

Pelotenses, temos um lado algodão doce

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Brinco dizendo que tenho amigos de algodão.

Eu os denomino assim porque a especialidade deles é se dar bem com todos.

Como algodão entre cristais, para evitar que quebrem na mudança.

Reconheço sabedoria no modo de ser desses amigos.

Ah, eles também jamais emitem opinião categórica em público.

Aqueles amigos não têm inimigos. Não que os inimigos não existam. É que meus amigos nunca os tratam como tal.

Para eles, o inimigo é “alguém a ser conquistado”. E imprimem método a esse objetivo.

O mais conhecido método é a Cerimônia dos Troféus.

Como 99% dos pelotenses amam a cerimônia e não recusam os troféus, dado por quem quer que seja, aqueles amigos vão lá receber os troféus.

Então, na vez do inimigo pegar o troféu dele (aí o método), eles procuram uma posição estratégica, com a finalidade de serem vistos pelo oponente enquanto o aplaudem.

Essa estratégia é fatal, no bom sentido.

Logo as tensões se distendem num alívio e, ao longo da solenidade, desaparecem por completo.

“Aplaudir o inimigo funciona sempre”, dizem aqueles amigos.

Isso ocorre (funcionar sempre) porque o reverente aplauso público tende a ficar marcado na memória como uma prova irrefutável da verdadeira índole de todo pelotense que se preza, ou seja, aquela ânsia superior por aprovação.

Para aqueles amigos, a maior realização é dar-se bem, na verdade, com o maior número de pessoas possível, inclusive de fora do País.

Eles acreditam que a vida deve ser embalada pelo mesmo espírito de confraternização verificável nas confrarias de charutos, comum entre homens, ou nas confrarias de champanhe, que em geral reúnem mulheres.

Para aqueles amigos, a confluência das emanações é o triunfo máximo do ideal realizado: os doces aromas dos charutos e das bolhinhas de champanhe convertidos, a um só tempo, em nobres emissões da excelência da alma.

Pelotenses, somos ótimos! Ninguém pode nos acusar de não sabermos tirar proveito da vida!

Ninguém…

Nada de errado em ser assim. É só o nosso jeito.

© Rubens Spanier Amador é jornalista.

Facebook do autor | E-mail: rubens.amador@yahoo.com.br

Rubens Amador. Jornalista. Editor do Amigos de Pelotas. Ex funcionário do Senado Federal, MEC e Correio Braziliense. Pai do Vitor. Fã de livros, de cinema. E de Liberdade.

Pelotas e RS

Prefeita faz ginástica laboral em dia de protesto

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Ontem houve ginástica laboral no saguão da prefeitura. Até a prefeita Paula participou da aula. Durou quinze minutos. A atividade faz parte do Abril Verde, “mês de conscientização de segurança e saúde no trabalho”.

No mesmo dia, um grupo de professores e funcionários de 12 escolas municipais da Zona Norte protestaram na rótula das avenidas Fernando Osório e Salgado Filho. Reclamam das más condições dos prédios, da falta de professores, da suspensão de aulas, de baixos salários. O grupo pede ainda perícias de engenharia nos prédios. Outros protestos estão sendo marcados.

Segundo lideranças do ato, os problemas vêm se avolumando e por falta de investimento na rede escolar.

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Brasil e mundo

UFPel entregou título de Dr. Honoris Causa a Mujica

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Discretamente, na sexta passada, a direção da UFPel viajou ao Uruguai para entregar a Pepe Mujica o título de Doutor Honoris Causa. A notícia foi divulgada ontem, terça, no site da Universidade.

Algumas frases dos dirigentes universitários presentes à homenagem, em tom juvenil:

“Pepe é um grande exemplo de pessoa que consegue lutar por direitos humanos, justiça social e democracia. Resistiu bravamente aos movimentos da ditadura e, como um jardineiro, sempre plantou a esperança, a luta e a vontade dessa luta em cada companheiro. Ele planta hoje a esperança para os nossos jovens”.

“Muito obrigada por ser quem é, muito obrigada por nos inspirar a defender a educação como uma forma mais poderosa de semear o futuro”.

“A visão humanista de Mujica ressoa profundamente com os ideais que nós da Universidade Federal aspiramos cultivar, nossa instituição sempre se pautou na crença de que a educação é a base para uma sociedade mais justa e igualitária, as bandeiras defendidas por Mujica colocam o bem-estar humano e a preservação do planeta acima do materialismo e do consumo desmedido e enlouquecedor, inspiram nossos esforços e reafirmam o nosso compromisso com a busca por dias melhores”.

***

Cmt meu: Mujica é de fato um homem incomum. Coerente. Vive modestamente, de acordo com suas ideias. Há nele uma ausência de vaidades materiais que chega a ser comovente. Se morasse em Pelotas, e fosse professor de Universidade, jamais o veríamos, por exemplo, no Dunas Clube, à beira da piscina, tomando cerveja depois de disputar uma partida de tênis – em greve por salário ainda mais alto do que os que já receberia (R$ 20 mil, digamos), pensando em justiça social num país de esmagadora maioria pobre, com ganhos mensais médios de R$ 3 mil.

***

Na cerimônia, Mujica disse: “Sigo confiando em los hombres, a pesar que todos los dias me deconcertan”.

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