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Pelotas e RS

Tucanos e propina

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Desde que um construtor pelotense meu conhecido me contou que um funcionário de confiança do Sanep, do PTB, partido que ocupa a vaga de vice na chapa de Eduardo Leite, cobrou dele (construtor) propina para liberar um empreendimento imobiliário, minha confiança nos tucanos pelotenses acabou.

O constrangimento oficial muitas vezes inibe o construtor, que acaba pagando para não ter seu empreendimento jogado para o fim da fila.

Fiz o que estava em minha alçada. Levei o relato a um amigo que assessora a prefeita na prefeitura, esperando que alguma providência oficial fosse tomada para deter a conduta. Quatro meses se passaram, porém, e nada aconteceu com a pessoa que, segundo o construtor, cobrou a propina.

Por dever de ofício, fiz então um relato sem nomes do fato, no Amigos de Pelotas, tornando o alerta público.

O caso está sendo investigado pelo MP e pela polícia civil.

Às vezes tenho a impressão de que a política tradicional considera fatos assim “normais da atividade”. Quase como se fosse uma prova que separa o mundo adulto, deles, do infantil, nosso.

Quando a gente se depara com casos assim (e confio no construtor, porque o conheço), ficamos nauseados ao vermos os mesmos políticos vendendo a si mesmo como pessoas sérias e honestas.

Às vezes acho que até mesmo o pagador de propina, quando se diz achacado, no fundo sente orgulho de poder pagá-la, entende?

Como se ser vítima da cobrança fosse uma distinção da personalidade.

É estranho.

Jornalista. Editor do Amigos. Ex-funcionário do Senado Federal, do Ministério da Educação e do jornal Correio Braziliense. Prêmio Esso Regional Sul de Jornalismo. Top Blog. Autor do livro Drops de Menta. Fã de livros e filmes.

1 Comment

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  1. Fortino Reyes

    02/10/18 at 17:55

    Mas o PTB é um câncer instalado na Prefeitura desde a época do Eduardo. Eternos aliados, por trás de um simpático gaiteiro escondem-se muitos deles.

Eleições 2024

Motivos que podem fazer Daniel Trzeciak não concorrer a prefeito

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Está longe, mas, como as especulações eleitorais começaram, não é descabido considerar que o deputado federal Daniel Trzeciak, do PSDB, possa não concorrer a prefeito de Pelotas em 2014.

Pelos seguintes motivos:

1. Os eleitores não gostam de políticos que abandonam mandatos no meio. Além disso, a região perderia seu único representante no parlamento, logo ele, responsável por trazer grande quantidade de verbas de emendas para hospitais, obras etc.

2. O salário de deputado é de R$ 41,6 mil. O de prefeito, R$ 15 mil.

3. Prefeitura está com déficit grave nas contas públicas. Somados o déficit de 2023 e o previsto em lei para 2024, dá um acumulado de R$ 400 milhões, um quinto do orçamento público anual da cidade, de R$ 2 bilhões.

4. O clima de Brasília, seco, segundo orientações de saúde, é mais favorável à filha do deputado, de um ano de idade, do que o úmido clima pelotense.

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Pelotas e RS

Prefeita insiste e vai recorrer contra decisão judicial que suspende projeto de lei que autoriza Associação Rural a construir empreendimento imobiliário

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A pedido da prefeita Paula Mascarenhas, a Procuradoria do Município vai recorrer judicialmente para manter em curso na Câmara um projeto de lei do Executivo que autoriza a Associação Rural de Pelotas a construir um empreendimento imobiliário sobre um terreno de 25 hectares (igual ao tamanho de 25 campos de futebol profissional).

A Procuradoria vai alegar que, pela Lei 948, de 1959, o terreno está doado pelo Município à entidade. É verdade. Porém, com base na mesma lei citada, o juiz Bento Barros suspendeu nesta semana o trâmite do projeto de lei. Ele se assenta no seguinte argumento presente na mesma Lei 948:

Decisão surpreendente a da prefeita!

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