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Opinião

A respeito do concurso pra dar nome ao Salão Nobre

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Na última vez que a gente olhou, a maioria dos comentários no face era de pessoas que reprovavam a decisão da prefeita Paula Mascarenhas de fazer um concurso público para dar nome ao hoje chamado Salão Nobre, da prefeitura.

Ninguém supunha um concurso assim. Tb não poderia supor que, existindo o concurso, que seria tão restrito nas opções.

Paula explicou:

“O nome Salão Nobre nos remete às origens da elite pelotense; aspecto que integra a nossa história, mas que já foi superado. Queremos e trabalhamos para que Pelotas seja uma cidade de todos”.

A prefeitura elaborou uma lista tríplice de nomes para a sala.

Votantes terão de optar por:

  1. João Simões Lopes Neto (escritor, que já nomina o Aeroporto e um Instituto).
  2. Blau Nunes, personagem ícone de João Simões Lopes Neto, no livro Contos Gauchescos.
  3. Salão Nobre, mesmo nome de agora.

O anúncio do concurso de lista seleta foi uma homenagem evidente ao Aldyr Garcia Schlee, escritor, que amava a obra de João Simões Lopes Neto, sobre a qual se debruçou com paixão. Anúncios feitos, aliás, durante homenagem ao Aldyr, nesta terça-feira.

Em termos práticos, e invocando o humor, o que se deu foi o anúncio de um concurso monotemático com jeito de democracia na Venezuela. Lista de três nomes, dois deles da preferência da prefeita (que adorava Schlee e ama Lopes Neto, cujo Instituto homônimo presidiu), e um nome, o atual, uma preferência absoluta da Inércia.

Pelo menos 66% de chance de emplacar a preferência da prefeita.

Paula propõe mudar nome do Salão Nobre da Prefeitura porque ele ‘remete à elite superada’

1 Comment

1 Comments

  1. Roberto

    10/04/19 at 10:05

    Salão Rogério Zimmerman

Cultura e entretenimento

Guerra civil, o grande filme do ano até agora. Por Déborah Schmidt

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Guerra Civil mostra a fotojornalista Lee Smith (Kirsten Dunst) e o redator Joel (Wagner Moura) em meio a uma guerra civil que dividiu os Estados Unidos em diversas facções políticas. A dupla pretende conseguir uma entrevista com o presidente, mas para isso, precisa atravessar um país dividido e enfrentar uma sociedade em guerra consigo mesma. A dupla é acompanhada por Jessie (Cailee Spaeny), uma jovem fotógrafa, e Sammy (Stephen McKinley Henderson), um repórter veterano.

Dirigido e roteirizado pelo premiado Alex Garland, o filme explora uma trama ambientada em um futuro distópico, porém não tão distante e nem tão improvável. Conhecido por filmes como Ex Machina (2014) e Aniquilação (2018) e pelos roteiros de Extermínio (2002), de Danny Boyle e Não Me Abandone Jamais (2010), de Mark Romanek, Garland apresenta uma mistura de ação e suspense ao apresentar a viagem de carro do quarteto de Nova York até Washington. Durante o trajeto, registram a situação e a dimensão da violência que tomou conta das ruas, envolvendo toda a nação e eles mesmos, quando se tornam alvos de uma facção rebelde.

Como a dupla de protagonistas, os sempre ótimos Kirsten Dunst e Wagner Moura criam um contraponto perfeito. Enquanto Lee já está entorpecida e demonstra frieza com relação ao caos, Joel é mais relaxado e conquista o público através do carisma. A serenidade do grupo pertence a Sammy, em um personagem que é impossível não simpatizar, ainda mais com a excelente atuação de  Stephen McKinley Henderson. Cailee Spaeny, que já havia se destacado em Priscilla (2023), repete a qualidade com Jessie, uma jovem tímida, mas ousada, e que está seduzida pela adrenalina da cobertura de uma guerra. Ainda no elenco, Nick Offerman vive o presidente dos EUA, e Jesse Plemons faz uma participação curta, porém intensa, na cena mais perturbadora do longa.

Com a qualidade técnica já conhecida dos filmes da A24, a produção mescla a todo o momento sons de tiros ensurdecedores a um silêncio que fala ainda mais alto, em uma verdadeira aula de edição e mixagem de som. A fotografia de Rob Hardy (parceiro de Garland desde Ex Machina) flerta com o documentário e a trilha sonora de Geoff Barrow e Ben Salisbury (também parceiros de longa data do diretor) é discreta, mas extremamente competente ao servir como alívio de momentos mais tensos.

É instigante acompanhar a jornada desses jornalistas e o filme definitivamente se beneficia deste fato. Através de frames com fotos realistas, em preto e branco, que surgem em meio às cenas mais duras, o filme aposta na fotografia para contar sua narrativa. Mesmo que acostumados com a violência, os jornalistas são os melhores personagens para retratarem essa história e, por mais que tenham seu posicionamento frente ao conflito, o trabalho deles é apenas registrar o que está acontecendo, deixando que o público tire as suas próprias conclusões. Guerra Civil é uma bela homenagem ao papel desses profissionais em momentos de crise.

Em cartaz nos cinemas, Guerra Civil é o grande filme do ano até o momento. Um olhar crítico e sensível, ainda que essencial, sobre a nossa própria realidade.

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