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Pelotas e RS

Difícil decisão!

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Neiff Satte Alam, biólogo, especialista em Informática da Educação, professor universitário aposentado (UFPel)

Este ano letivo está fadado ao fracasso, pois, exceto um reduzido número de Escolas Particulares de Educação Básica, praticamente todas as Escolas Públicas estão dissonantes da realidade imposta pela Pandemia da COVID-19.

Para discorrer sobre o tema, parto da seguinte premissa:

“…Fugir de uma prisão linear e ingressar em um complexo não-linear é a grande dificuldade a ser enfrentada, mas que possui um importante aliado, o computador e a porta por este aberta para que os caminhos da informação se abram em uma rede planetária e globalizada. Aberta esta porta, escancaradas as possibilidades de informação e, na mesma proporção, de conhecimento, poderemos iniciar a tarefa de autores e leitores interagirem eletronicamente, dando mobilidade ao conhecimento, agilizando os caminhos da complexidade tanto no campo social, como no campo político e permitindo um avanço de ideias que resultem verdadeiramente em desenvolvimento, que dê melhor qualidade e satisfação de vida às pessoas…”

    Premissa que nos remete a seguinte reflexão:

    A única forma encontrada para dar sequência às atividades escolares da Educação Básica, foi o Ensino Remoto. Tal atividade exige uma preparação anterior do complexo aluno/escola, que não aconteceu.

    As Escolas Públicas iniciaram um aparelhamento técnico com a construção de salas de informática, mas não prepararam os Professores para uma tarefa integrada entre as necessidades de ensino-aprendizagem e as Tecnologias de Informação e Comunicação, que vão para além das máquinas.

    O pensamento linear ainda predomina, isto é, nossos Professores e alunos não estão conectando a atividade presencial com as possibilidades de não-linearidade permitida pelas tecnologias de informação e comunicação disponível. Não estão percebendo a necessidade de interação com uma terceira dimensão do pensamento, que é proposto e representado pelo computador na forma de hipertexto.

    Escola Municipal de Ensino Fundamental Ferreira Vianna

    Pois bem, com esta reflexão e analisando a realidade do Ensino Remoto que vem sendo proposto e até tentado, mas que não alcançou um mínimo de ensinamento, pois a construção de conhecimentos e competências não vem ocorrendo, fica claro que até este mês de agosto o processo de ensino/aprendizagem não ocorreu. Isto é o que vêm apontando os Professores, principalmente da Rede Pública, em suas manifestações por diversos meios, inclusive em Audiências Públicas.

    Considerando esta realidade, fatos incontestáveis, é fácil concluir que tentar dar sequência a este Ano Letivo é o pior caminho para podermos retomar a um ensino de melhor qualidade e melhores resultados. Perderíamos, na melhor das hipóteses dois anos, mas, se interrompermos este ano e refazê-lo em 2021, colocaríamos nossos alunos de volta aos melhores procedimentos pedagógicos e ainda teríamos a oportunidade de rever os procedimentos com inclusão de métodos on-line, em uma interação mais adequada com uma predominante presencialidade.

    Trata-se de uma decisão difícil e que exigiria participação ativa de todos os Professores, tanto para preparar o próximo ano, como para preparação para os anos seguintes.

    Reforço a importância de uma nova forma de pensar: do Pensamento Linear para o Pensamento Não-Linear, se assim não for, de nada adiantará a lição penosa que nos impôs a fatalidade de uma Pandemia!

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    Eleições 2024

    Enquete e convites indicam que Fetter e o PP são valorizados no tabuleiro eleitoral

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    Foi uma simples enquete, sem o rigor científico de uma pesquisa. Durou 24 horas, da manhã de sexta a manhã de sábado. Um breve termômetro dos humores das pessoas em relação aos pré-candidatos a prefeito de Pelotas.

    Um total de 352 pessoas votaram. Dos quatro nomes da enquete, Fetter Jr. (PP) teve 35% dos votos. Fernando Marroni (PT), 22%, mesmo percentual de Marciano Perondi (PL). Por fim, Fernando Estima (PSDB), teve 21% das preferências.

    A boa votação de Fetter indica que o progressista resiste na memória da população. Outros movimentos confirmam isso.

    Fetter foi procurado pelo PSDB, pelo PL, pelo MDB e pelo PDT para compor chapa com aqueles partidos na posição de vice.

    O interesse em Fetter e no PP mostra o valor que com estes são percebidos pelos demais partidos no tabuleiro eleitoral.

    Todo fim de semana, daqui em diante, vamos fazer uma enquete nova.

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    Pelotas e RS

    Próximo prefeito precisará conhecer gestão pública

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    O próximo prefeito terá um problemão pela frente: a situação financeira do município é caótica. Precisará de muita competência, e experiência, para encontrar maneiras de recuperar o equilíbrio das contas. Ser austero e ser inovador. Sem isso, vai aprofundar os sucessivos e crescentes déficits nas contas da prefeitura, problema que avolumou na gestão tucana.

    As maiores causas dos déficits se concentram em três pontos de difícil solução: Previdência, Pagamento de Precatórios e Pagamento de Financiamentos. Somados os três escoadouros, chega-se a um déficit, em 2024, superior a R$ 200 milhões, sem falar nos déficits acumulados em 2023 e anos anteriores.

    Além disso, a prefeitura tem altos gastos com pessoal (cargos de confiança em número excessivo, assim como serviços terceirizados). Gastos esses que estão próximos aos limites definidos em legislação e implicamem restrições, conforme o art. 167A da Constituição Federal.

    Como reflexo deste “estrangulamento” das finanças, será necessária a recuperação dos serviços públicos, que se deterioraram. A Educação e a Saúde estão em má situação, assim como as Vias Públicas. E estão em atraso os repasses a Instituições Filantrópicas que atendem a portadores de necessidades especiais ou segmentos carentes da Assistência Social.

    Será preciso estratégia para dinamizar a economia local e gerar oportunidades de empregos, além do aumentar a arrecadação municipal — sem aumento na tributação.

    Esses três grandes desafios – Equilibrar as Contas Públicas, Recuperar Serviços Públicos e Dinamizar a Economia – se tornaram maiores após os alagamentos recentes, que resultaram em expressivos danos à infraestrutura, às residências, às empresas e aos negócios.

    Em resumo, a próxima Gestão enfrentará o pior legado e será a mais desafiadora de todas as que se tem notícia na história recente de Pelotas, exigindo uma administração diferenciada, qualificada e inovadora.

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