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Brasil e mundo

Efeitos de uma Pandemia

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Há uma natural interação entre o “mundo dos fatos” e mundo das ideias”, resta-nos entender a importância desta interação e partir para a construção de reais competências nesta complexidade, pois é o único caminho para avançarmos em direção ao horizonte do conhecimento, que tenha como propósito auxiliar a humanidade em seu processo de humanização, onde todos tenham acesso às conquistas científicas e que estas não se limitem a atender a uns poucos em detrimentos da grande maioria das pessoas.

Por vezes, há necessidade de grandes crises planetárias para que se entenda a importância de cada cidadão como parte deste todo, que denominamos de Planeta Terra.

Já está passando, em muito, o tempo desta compreensão. A Pandemia do Coronavírus mostrou ao mundo inteiro que um colapso social/sanitário produz uma crise que somente poderá ser resolvida se entendermos que a saúde de um povo, no momento em que é ameaçada, colocará por terra todas a políticas públicas que não priorizaram o social e deram ênfase apenas às políticas econômicas, pois estas deveriam estar a serviço do homem e não o contrário.

Perguntamos então, como será o Planeta após vencermos mais esta crise planetária? Que sequelas ficarão? Que lições foram aprendidas? Como trataremos aqueles que buscaram tirar proveito político e/ou financeiro? Talvez outros ainda tenham outros questionamentos.

Muitos situações, durante todo este tempo de crise sanitária, que ainda estamos vivendo, têm chamado a atenção. Algumas situações desagradáveis, outras que nos sensibilizam, pois a diversidade de comportamento das pessoas é tão grande quanto a diversidade cultural dos habitantes da Terra.

Muitos vem se aproveitando desta situação crítica para ganharem mais dinheiro, avançando com garras de ganância incomensurável sobre os recursos públicos alocadas para proteger o cidadão, estes não aprenderam a lição e tentam usufruir da crise. Outros, antes da crise, já haviam feito igual ação, quando reduziram a capacidade do País de enfrentamento de crises ao assaltarem os cofres públicos, tirando dinheiro que seria aplicado em Saúde, Educação, Segurança, Habitação, enfim em ações sociais para atender interesses pessoais ou de outras nações, como se estivéssemos, nós os brasileiros, navegando em águas tranquilas.

Nestes dois casos, o povo não deverá esquecer os fatos e nem quem são os responsáveis por tais atos.

Por outro lado, ficou claro que o desenvolvimento pautado na Educação, que é alicerce para conquistas científicas, conquistas estas que poderiam já estar em outro patamar se a Educação tivesse sido, em algum momento, prioridade, pois não há Ciência forte sem Educação, em todos os níveis, da Educação Infantil a Educação Superior.

O tal “Novo Normal”, que muitos acreditam virá a ser o caminho da pós Pandemia, será, na verdade, o reconhecimento de que sem uma Política Pública de Educação séria, consistente, coordenada pelos profissionais da Área, pouco avançaremos, pois Educação é a ponte que nos encaminhará do presente para o futuro, com segurança, com responsabilidade e de forma cidadã.

A universalização do conhecimento, possibilitado pelas novas tecnologias, mais ainda muito restrito pelas barreiras impostas pela maioria dos países, que ainda não entenderam que o Planeta é a Pátria de todos, e todos têm que usufruir deste fantástico conhecimento que já dispomos e ficamos a imaginar como seria maior se houvesse uma integração real entre todos os cientistas do Planeta! Economizaríamos tempo na conquista de novos conhecimentos e a população mundial estaria mais perto desfrutar de fato uma cidadania pautada em dignidade sem adjetivos.

Registro, também importante, é o de que a convivência intrafamiliar teve um grande acréscimo para que se entendesse a necessidade de se reforçar a importância das famílias, é natural, entretanto, que também tenham se acentuado problemas de convivência entre os familiares, e não foram, com certeza problemas novos, mas acentuados e, com boa vontade, com discernimento e apoio entre uns e outros poderão ser resolvidos ou atenuados.

Muito ainda poderia se dizer sobre os altos e baixos desta crise sanitária planetária, muito se poderia avançar, como reflexão, do que se esperar como consequências, positivas ou negativas, destes momentos incomuns e inesperados, que pegou a todos despreparados.

Mas temos muito a agradecer a todos os heróis anônimos que reduziram o impacto na saúde, pois os profissionais destas área estão sendo incansáveis no enfrentamento desta pandemia.

Muitos profissionais de outras áreas vêm se dedicando intensamente para reduzir os efeitos psicológicos sobre a população, com entretenimento via Internet, com atividades remotas, mesmo com muitas dificuldades, dos professores para manterem contato importante com os alunos e da Imprensa, que se esforça em dar as informações necessárias sobre o andamento da crise.

Neiff Satte Alam é professor Universitário Aposentado – UFPEL Biólogo e Especialista em Informática na Educação

 

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UFPel entregou título de Dr. Honoris Causa a Mujica

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Discretamente, na sexta passada, a direção da UFPel viajou ao Uruguai para entregar a Pepe Mujica o título de Doutor Honoris Causa. A notícia foi divulgada ontem, terça, no site da Universidade.

Algumas frases dos dirigentes universitários presentes à homenagem, em tom juvenil:

“Pepe é um grande exemplo de pessoa que consegue lutar por direitos humanos, justiça social e democracia. Resistiu bravamente aos movimentos da ditadura e, como um jardineiro, sempre plantou a esperança, a luta e a vontade dessa luta em cada companheiro. Ele planta hoje a esperança para os nossos jovens”.

“Muito obrigada por ser quem é, muito obrigada por nos inspirar a defender a educação como uma forma mais poderosa de semear o futuro”.

“A visão humanista de Mujica ressoa profundamente com os ideais que nós da Universidade Federal aspiramos cultivar, nossa instituição sempre se pautou na crença de que a educação é a base para uma sociedade mais justa e igualitária, as bandeiras defendidas por Mujica colocam o bem-estar humano e a preservação do planeta acima do materialismo e do consumo desmedido e enlouquecedor, inspiram nossos esforços e reafirmam o nosso compromisso com a busca por dias melhores”.

***

Cmt meu: Mujica é de fato um homem incomum. Coerente. Vive modestamente, de acordo com suas ideias. Há nele uma ausência de vaidades materiais que chega a ser comovente. Se morasse em Pelotas, e fosse professor de Universidade, jamais o veríamos, por exemplo, no Dunas Clube, à beira da piscina, tomando cerveja depois de disputar uma partida de tênis – em greve por salário ainda mais alto do que os que já receberia (R$ 20 mil, digamos), pensando em justiça social num país de esmagadora maioria pobre, com ganhos mensais médios de R$ 3 mil.

***

Na cerimônia, Mujica disse: “Sigo confiando em los hombres, a pesar que todos los dias me deconcertan”.

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Comentário em vídeo: Liberdade de expressão

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