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Opinião

PAULA POR UM TRIZ

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É uma questão de lógica. E aqui não torço por ninguém, apenas analiso.

Paula (PSDB) não ganhou a eleição deste ano no primeiro turno, como fez em 2016, porque em 2020 houve um candidato conhecido e de maior peso à direita, Fetter (PP).

Em 2016, sem opções à direita, o eleitor desse espectro votou no candidato mais próximo, Paula, que teve votos da direita, do centro e da esquerda, desgastada pelos escândalos.

Se o PP não tivesse concorrido em 2020, Paula teria ganho no primeiro turno de novo. O que chama a atenção é que, mesmo com o PP concorrendo (direita, mais conservador), a tucana não venceu no primeiro turno por uma diferença de meros 409 votos.

Assim, a tendência, de acordo com o Teorema do Eleitor Mediano, é que, neste segundo turno, o conservador eleitor que votou em Fetter votará em Paula ou anulará.

Fetter ficou em terceiro, colado em Ivan, uma diferença de apenas 1.357 votos de um para o outro.

Ao menos com base no teorema citado, e considerando a grande disparidade das votações, será uma façanha se Ivan (PT) vencer a eleição.

Como em princípio nada é impossível, teremos de esperar para conferir.

IVAN TERÁ UM DESAFIO DIFÍCIL PELA FRENTE

    Rubens Amador. Jornalista. Editor do Amigos de Pelotas. Ex funcionário do Senado Federal, MEC e Correio Braziliense. Pai do Vitor. Fã de livros, de cinema. E de Liberdade.

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    Cultura e entretenimento

    Guerra civil, o grande filme do ano até agora. Por Déborah Schmidt

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    Guerra Civil mostra a fotojornalista Lee Smith (Kirsten Dunst) e o redator Joel (Wagner Moura) em meio a uma guerra civil que dividiu os Estados Unidos em diversas facções políticas. A dupla pretende conseguir uma entrevista com o presidente, mas para isso, precisa atravessar um país dividido e enfrentar uma sociedade em guerra consigo mesma. A dupla é acompanhada por Jessie (Cailee Spaeny), uma jovem fotógrafa, e Sammy (Stephen McKinley Henderson), um repórter veterano.

    Dirigido e roteirizado pelo premiado Alex Garland, o filme explora uma trama ambientada em um futuro distópico, porém não tão distante e nem tão improvável. Conhecido por filmes como Ex Machina (2014) e Aniquilação (2018) e pelos roteiros de Extermínio (2002), de Danny Boyle e Não Me Abandone Jamais (2010), de Mark Romanek, Garland apresenta uma mistura de ação e suspense ao apresentar a viagem de carro do quarteto de Nova York até Washington. Durante o trajeto, registram a situação e a dimensão da violência que tomou conta das ruas, envolvendo toda a nação e eles mesmos, quando se tornam alvos de uma facção rebelde.

    Como a dupla de protagonistas, os sempre ótimos Kirsten Dunst e Wagner Moura criam um contraponto perfeito. Enquanto Lee já está entorpecida e demonstra frieza com relação ao caos, Joel é mais relaxado e conquista o público através do carisma. A serenidade do grupo pertence a Sammy, em um personagem que é impossível não simpatizar, ainda mais com a excelente atuação de  Stephen McKinley Henderson. Cailee Spaeny, que já havia se destacado em Priscilla (2023), repete a qualidade com Jessie, uma jovem tímida, mas ousada, e que está seduzida pela adrenalina da cobertura de uma guerra. Ainda no elenco, Nick Offerman vive o presidente dos EUA, e Jesse Plemons faz uma participação curta, porém intensa, na cena mais perturbadora do longa.

    Com a qualidade técnica já conhecida dos filmes da A24, a produção mescla a todo o momento sons de tiros ensurdecedores a um silêncio que fala ainda mais alto, em uma verdadeira aula de edição e mixagem de som. A fotografia de Rob Hardy (parceiro de Garland desde Ex Machina) flerta com o documentário e a trilha sonora de Geoff Barrow e Ben Salisbury (também parceiros de longa data do diretor) é discreta, mas extremamente competente ao servir como alívio de momentos mais tensos.

    É instigante acompanhar a jornada desses jornalistas e o filme definitivamente se beneficia deste fato. Através de frames com fotos realistas, em preto e branco, que surgem em meio às cenas mais duras, o filme aposta na fotografia para contar sua narrativa. Mesmo que acostumados com a violência, os jornalistas são os melhores personagens para retratarem essa história e, por mais que tenham seu posicionamento frente ao conflito, o trabalho deles é apenas registrar o que está acontecendo, deixando que o público tire as suas próprias conclusões. Guerra Civil é uma bela homenagem ao papel desses profissionais em momentos de crise.

    Em cartaz nos cinemas, Guerra Civil é o grande filme do ano até o momento. Um olhar crítico e sensível, ainda que essencial, sobre a nossa própria realidade.

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    Brasil e mundo

    Comentário em vídeo: Liberdade de expressão

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