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Opinião

Hallal: “É lamentável que o corporativismo dos professores se sobressaia sobre a vontade da maioria”

“A voz dos estudantes precisa ser ouvida. Que a decisão seja revista”

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Epidemiologista professor Pedro Hallal, ex-reitor da UFPel, comentou a votação ocorrida nesta quarta, 18, na Universidade, em que, na modalidade paritária (em que o voto de professores e técnicos tem mais peso do que o voto dos estudantes), decidiu-se por não recuperar no calendário de 2022 o semestre atrasado por conta da pandemia.

“É lamentável que o corporativismo dos professores se sobressaia sobre a vontade da maioria. Por mais de 1000 votos de diferença, os estudantes manifestaram a sua opinião sobre o retorno às atividades da UFPel. A voz dos estudantes precisa ser ouvida. Que a decisão seja revista e que fique a reflexão: Que modelo de educação é esse que tenta impor que o voto de um professor tem valor maior do que o voto de um estudante?”

Pedro Fallal | Foto de Nauro Júnior.

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Brasil e mundo

Se os governos não atrapalharem, já fazem muito

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Nos últimos anos nossa vida não anda fácil. Numa hora, recomendam “fique em casa”. Noutra, “saiam de casa”. Felizmente não houve enchente na pandemia. Os governantes teriam um problema de lógica.

Até hoje a postagem de maior reação no Amigos de Pelotas foi a da construção da ponte de Nova Roma do Sul. Ali ocorreu algo inédito no Brasil. Em vez de esperar pelo governo, a própria comunidade do pequeno município gaúcho arrumou dinheiro e construiu uma ponte para substituir a que havia sido derrubada na enchente anterior. E a fez mais rápido e mais barata do que programara o governo do estado. Esta sim — foi uma verdadeira façanha.

A união da população vem se repetindo neste momento de enchente no RS, inclusive para captar recursos. A Associação de Nova Roma do Sul, que envolve empresários, está se organizando ela mesma para resolver os problemas na serra. E recomendando que outros municípios da região façam o mesmo.

Ao mesmo tempo temos visto a burocracia oficial atrapalhando o socorro à população na enchente que aflige o estado. Parecem ser casos isolados, mas que chocam, porque entram em conflito com a urgência que o caso requer.

Ainda assim temos visto que a própria sociedade assumiu a frente nas ações de resgate e logística, com os governos chegando depois, atrasados, com apoio aquém do esperado, porque a estrutura de suporte é precária. Os governos não estão preparados para momentos de emergência.

A ministra Simone Tebet disse que “o governo não pode mandar dinheiro já porque nem os prefeitos gaúchos sabem ainda do que precisam”. É no mínimo uma fala desastrosa.

Por que mais iniciativas como a de Nova Roma, cuja ponte nova, erguida dois metros mais alta em relação à anterior, vem suportando bem a enchente, não ocorrem? Porque o nível de impostos é tão alto que não sobra recursos para iniciativas da população. Ainda assim, outra façanha, os próprios cidadãos gaúchos, de todas as classes sociais, vêm ajudando no socorro, com jet-skis, barcos, os braços, o que for.

A sociedade vem mostrando que nem tudo precisa passar pelo Estado e pelos políticos. Se esses não atrapalharem, já fazem muito.

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Brasil e mundo

Madonna homenageou Che Guevara

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Madonna continua dando o que falar. Em seu show no Rio, a que compareceu grande público LGBT, ela exibiu no palco imagens de ícones culturais, entre eles Che Guevara e Frida Kallo.

Os livros contam que o regime cubano, do qual Che fez parte, perseguia homossexuais, pois considerava-os hedonistas, inaptos para o trabalho, de natureza subversiva ao regime de exceção. Chegando a ser, por isso, fuzilados. Vai entender…

Já Frida foi amante de Trotsky. E, depois deste ser assassinado no exílio a mando de Stálin, teve a pachorra de pintar o rosto de Stálin.

Madonna levou R$ 17 milhões do sistema capitalista. E sem esforço, vivendo da imagem que criou. Representou, fingindo que cantava. Playback.

Dizem que os artistas são “ingovernáveis”. Há artistas e artistas.

Madonna é dessas que a gente não sabe o que pensa. Tente lembrar de alguma fala dela? Não lembramos, porque vive de imagem. Vende uma imagem que, no fundo, talvez nem corresponda ao que ela é de verdade.

No fim da vida, depois da vida ganha, artistas como ela costumam surpreender, mostrando sua verdadeira face. Pelo desconforto de sair do mundo com uma máscara mortuária falsa.

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